Pandemia de apatia
Todos olhos todos cegos
Os ouvidos estão surdos
Todos os corações empedraram
A invisibilidade para tantos
Pandemia de mentira
Todas as línguas todas falsas
As verdades morreram
As mentes se confundiram
A inversão de conceitos
Pandemia de preconceito
Todo diferente não presta
Quem não tem não merece
Toda história foi disfarçada
O abismo fica logo ali
Pandemia de ódio
Toda maldade será aplaudida
O crime será desculpado
Vamos roubar no jogo
Até não ter mais carta nenhuma
Pandemia de fanatismo
Toda divindade está vendida
Lotearam o céu e o inferno
O amor está ultrapassado
Queremos o Apocalipse agora
Pandemia de miséria
Todo burguês é bom cidadão
Abram a jaula e soltem a fera
As fábricas são os novos lares
O espetáculo já está lotado
O mundo morre aos poucos...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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