Quebraram os ovos
Ficaram os novos...
Os colecionadores de likes
Os caçadores de memes
A graça sem graça
Que agora envenena o ar
(Que já estava...)
Destruíram os ossos
Até os nossos...
Os senhores de apatia
Os criadores de novidades
O rebanho de tolos
A humanidade inumana
Que se engole aos poucos
(Sempre se engoliu...)
Amassaram a massa
Só na trapaça...
Os adoradores do celular
Os fiéis da deusa televisão
O alvo do marketing
Tudo virou um número
(Poesia? Só a medíocre...)
Adulteraram o amor
Sobrou a dor...
A dor que vem invisível
A doença mata sem matar
A esperança se desespera
(Rir é o que sobrou...)
Quebraram os ovos
Sobraram os povos...
Os serviçais da propaganda
Os comensais da merda
Só o faraó não tem alma
Na emergência coma o vidro
(Assim como todos...)
Nosso hoje é o nunca...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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