quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Avis Rara II

A relatividade quase certeira

De suas brancas nádegas...

Ponto final, vírgula...

Supero minha própria tolice,

Todos os marginais idem...

Ela fica braba quando durmo

E aí fujo sem gaiola...

Mandei um fax para o inferno...

Perguntando pela minha vaga...

A caixa de doces chegou ontem...

A roda dos enjeitados não para...

Parei com o Pará na parada...

Timidez marciana é isso...

Bolo para a sobremesa...

E falsos corais nos balangandãs...

Todo barco quer calmaria...

E falsos descontos de ocasião...

Na pele! Na pele! Na pele!

Gritavam os comedores de torresmo...

Bia se enfeita para nada...

Antônio que é Luiz não sabe brincar...

Me mudei ontem mesmo...

Do bem fundo do poço...

Para o baixo do abismo...

Tem camarão por aí?

Banquetes histriônicos e sóbrios...

Os peixes saíram andando...

O carrossel direto pro céu...

Tratados de sírio em havaiano...

Hoje é o amanhã que perdeu a vaga...

O prazer de star...

Fitas caseiras com despudor...

Eu manjo destas coisas...

Por hora não tem pimenta...

Os mastodontes vieram passear...

Nem Carlos e nem Charles...

Todo pecado é dobrado...

Hoje não tem sabiá para o almoço...

Brincar com palavras 

Acaba surrando o tédio...

Os labirintos de seus olhos tortos

Me perdem pelos segundos...

E quanto mais tonto vou sorrir

De algum desespero mais suave...

Na cor azul escrevi nossos nomes...

 

(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...