Esse mundo
todo em teclas
todo em bits
todo em nada...
O grande computador
que canta canções de ninar...
O siso dando adeus
com tantos lenços agitados...
O crime se inocenta
em gestos muito cuidadosos...
Esse mundo
todo em guerra
todo em fome
todo em nada...
O mágico com cartola
agora pede suas moedas
Os tiros atirados
acabam se perdendo na noite
A mentira jura
só falar a verdade sempre...
Esse mundo
todo pobre
todo podre
todo em nada...
O impiedoso coturno
acaba pisando na nossa cara
A massa de manobra
acaba queimando no forno
O doce do amargo
engano para todas as pessoas
Esse mundo
todo em noite
todo em mágoa
todo em nada...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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