Não há porta de saída
para os tristes...
O ar invade a janela
nessa madrugada indeterminada...
O anjo não fala mais
a língua dos anjos
Mas o demônio
compreende a minha...
A noite é ainda um cobertor
cobrindo todo mundo
E o sol não veio bater
seu cartão de ponto...
Um ou outro triste (assim como eu)
já dá passos incertos...
Deixe cantar minha canção desesperada
(cantarei ela aqui por dentro)...
Não vai sair som nenhuma
somente as batidas desse velho coração
que já descompassou tantas vezes...
Logo logo será mais uma canção morta
(como tantas outras, tenha certeza)
que se perderam por aí...
(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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