sábado, 26 de agosto de 2023

Nada de Nada

Nada de nada de nada

a canção interrompida

a festa adiada...


E eu entre minhas dúvidas e meus desafetos

entre meus desejos aéreos e sonhos concretos

concretismo sim, o mais puro concretismo

de mãos desarmadas e o mais puro cinismo

a tentativa que falha e o alvo não-acertado

esse temporal poderia estar terminado...


Nada de nada de nada

o mar sem onda alguma

e a serra pelada...


Tudo bem parecido e o diferente sempre igual

vamos bater palmas para o paciente terminal

pois eis aqui essa tão nova e tão vã filosofia

de transformar o velho pássaro em montaria

fazer um quadro de rabiscos incompreensíveis

enquanto vivemos todos os dilemas mais risíveis...


Nada do nada do nada

não queria nem falar

a fogueira apagada...


Está doendo?

Não foi nada...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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