Catarina não é santa, muito menos estado. Nunca foi, não é, nunca será. É gente, gente sim. De carne, osso, muita confusão, e daí? Faço e faço mesmo. Se cismar me atiro de cima da ponte e tá ótimo. Morreu? Dia seguinte faz vinte e quatro horas. Sei ler e escrever, faço as quatro operações e tá ótimo. Tiro o botijão do uso pra vender e comprar minha cerveja, minha maconha e meu pó. E daí? Se me pegam no flagrante, fodeu mesmo. É tapa na minha cara, não é o primeiro, nem vai ser o último. Tem inferno pior que delegacia. Liga a televisão na hora do repórter e vai ver. Mais do que essa merda daqui. Ih, me deixa, porra! Senão boto um pra voar que nem fiz com Binho. Frouxo. Batia na gaguinha feito quem bate em cachorro. Comigo não, porra! Bate na puta da tua mãe, aquela vagabunda que cansou de cornear o filho-da-puta do teu pai. Que o Diabo lhe chame lá nas profundas. Cada um tem o que merece. Te empurrei lá da sacada do apartamento. Deu foi sorte, se cai de cabeça era só mais um. Cadeia foi feita pra gente. Meu nome é Catarina, não recebo nada. Ainda bem, senão recebia era o Cão e daqueles bem tinhoso. Que cospe fogo e peida brasa. Senta aí e pede um copo...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XC ( As Calçadas do Impossível )
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