quarta-feira, 27 de março de 2013

Terceiros

Resultado de imagem para menino mostrando três dedos
Em estado de completa afonia
Falta-me o ar falta-me o dia
E a noite é serena e é fria

Eu queria visitar todos os países

Eu queria evitar todas as crises
Eu queria inventar planos felizes

A dor é amiga mas não perdoa

Respirar pode ser gastar ar à toa
Tentar amar nunca foi uma boa

Vivemos em constante sobressalto

Olhando as bombas vindo do alto
Más notícias chegando do Planalto

Às vezes o sono vem pra ajudar

E eu paro logo o meu cantar
Como se fosse tudo o fundo do mar

Esqueçamos pois esta reticência

Queremos de volta nossa inocência
Se não tiver serve a incoerência

Os espelhos cada vez mais reluzentes

Vão nos mostrando coisas diferentes
Todos nós estamos tão doentes

Vivemos rindo de nossas piadas

De nossos erros de nossas mancadas
De coisas certas e de coisas erradas

Alô aqui quem fala é da terra

Bom cabrito às vezes também berra
Mais acerta quem mais erra

É assim mesmo é assim a vida

A trama de ontem já foi esquecida
Era uma história muito comprida

Faltam vagas nos manicômios

Faltam pragas para os Febrônios
Mas sobram sobras destes hormônios

Há muita oração muito mais desejo

Nem fala dos coisas que ainda vejo
É o velho ditado: pão pão queijo queijo

Quantas vezes virá outra decepção?

Tudo é metade sim tudo é metade não
É metade certeza metade hesitação

Há muitos seus e há muitos meus

Que falem logo estes fariseus
E sem mais até logo e adeus...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...