Corvos voando na noite escura
Meu canto igual a um covil
Lobo ferido e sem cura
Cujo sofrimento ninguém viu
Meus uivos são para a lua
Meus olhos acesos brilhantes
Agora é minha essa rua
E suas luzes feito diamantes
Passeiam por elas meus mortos
Os que já enlouqueceram
Os que não tiveram seus portos
Os que de amor já morreram
Nada possui mais mistério
Porque a vida sim é que traz
Meu peito é um cemitério
Onde a alegria ali jaz
Outros fantasmas vêm me ver
Outros demônios vêm conversar
Falar sobre como é sofrer
Sem alguém para nos consolar
Nada mais posso e não há luta
Sem planos bons ou perversos
E quando vem essa dor bruta
Só restam então esses meus versos...
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