Barulho ensurdecedor na malvada avenida.
Hora do rush, hora quase feliz...
Blasfêmias cantadas nos sonoros aparelhos.
O hoje está quase morto...
Buzinas demonstrando hedionda insatisfação.
A caça também sabe caçar...
Meninos vendedores nos semáforos implorando.
A fome manda em tudo sempre...
Nos retrovisores uma esperança abatida.
A fruta caiu e está podre...
Os incansáveis camelôs e suas artimanhas.
Quem viver verá o final...
A espessa fumaça é a única silenciosa.
Tudo que mata assim é...
Os automóveis inesperados desfilam contentes...
(Extraído do livro "Pane Na Casa das Máquinas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário