O sol invade por todos os cantos
E os grãozinhos de pó fazem seu bailado
Não há o que possa detê-los
Arma alguma ou soldado
Que possa impedir sua marcha
Ambos viajam pelo mundo
Na certeza que são testemunhas
De qualquer tempo que exista
Cadáveres imóveis e formigas aflitas
Águas sem forma e tesouros quase escondidos
Ali está a múmia do faraó
Mesmo dias feios não conseguem escapar
Matas espessas enganam-se em seu afã
Olhos fechados são iluminados
Palavras secretas lhe gritam
Nenhum Leviatã os amedronta
O poema jogado fora não lhes escapa
Marcham em largas avenidas
E param para descansar nos becos...
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