Eu vou insistir enquanto posso
Insistir enquanto quero
Vou rezar o mesmo padre-nosso
Enquanto aguardo e espero
Beber da mesma cachaça
Repetir o mesmo vício
E repetir a mesma pirraça
Como foi no mesmo início
Eu tomo então toda a alegria
E na tristeza me resguardo
E vou levando cada dia
Como quem carrega um fardo
É noite mesmo quando amanhece
É vida mesmo quando vem a morte
E mesmo praguejando é como prece
E quando é azar ainda é sorte
Abram meus braços em cruz
Preguem os cravos sem medo
Apaguem logo essa luz
A escuridão é meu enredo...
Magnífico!
ResponderExcluirAdorei esse texto, continue escrevendo!! É um prazer para os olhos (e o cérebro). :)
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