quinta-feira, 10 de março de 2022

Toda Poesia Tem Um Pouco de Caos

 

Todas elas...

Sem exceção...

Mesmo quando escondam isso...

Nada é parado...

É resultado de uma certa convulsão

Mesmo que expressa

Na mais pura mediocridade...

Todas possuem alma

Mesmo que uma alma mesquinha

Que não se conheça...

A vontade de ser aplaudida de pé

Em lampejos de pura euforia...

A vontade de correr ligeiro

Mesmo que seja apenas paranoia...

As palavras são seres místicos

Os poetas reles mortais...

Uma vírgula muda tudo

Um simples ponto uma descoberta...

Tudo pode mudar num piscar de olhos...

Atrás de uma mão trêmula

Existem sonhos não-revelados...

Atrás de tanto riso

Pode existir uma única lágrima...

Todas elas...

Sem exceção...

Sem tamanho...

Sem tempo...

Com todos os estilos possíveis...

A eternidade de quem escreveu

Mesmo quando sai de cena...

Todo ar pesa muito

E as pedras se tornaram leves...

O amor fez isso...

O ódio fez isso...

O tudo e o nada acabam se unindo...

Uma eterna roda-gigante...

Até que o último dos homens respire...

Toda brutalidade se lapida

Enquanto toda ternura dói 

Um pouco mais...

Toda poesia tem um pouco de Caos...

Todas elas...

Sem exceção...



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