Todas elas...
Sem exceção...
Mesmo quando escondam isso...
Nada é parado...
É resultado de uma certa convulsão
Mesmo que expressa
Na mais pura mediocridade...
Todas possuem alma
Mesmo que uma alma mesquinha
Que não se conheça...
A vontade de ser aplaudida de pé
Em lampejos de pura euforia...
A vontade de correr ligeiro
Mesmo que seja apenas paranoia...
As palavras são seres místicos
Os poetas reles mortais...
Uma vírgula muda tudo
Um simples ponto uma descoberta...
Tudo pode mudar num piscar de olhos...
Atrás de uma mão trêmula
Existem sonhos não-revelados...
Atrás de tanto riso
Pode existir uma única lágrima...
Todas elas...
Sem exceção...
Sem tamanho...
Sem tempo...
Com todos os estilos possíveis...
A eternidade de quem escreveu
Mesmo quando sai de cena...
Todo ar pesa muito
E as pedras se tornaram leves...
O amor fez isso...
O ódio fez isso...
O tudo e o nada acabam se unindo...
Uma eterna roda-gigante...
Até que o último dos homens respire...
Toda brutalidade se lapida
Enquanto toda ternura dói
Um pouco mais...
Toda poesia tem um pouco de Caos...
Todas elas...
Sem exceção...
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