Por que não rirei?
Teu deboche acabou indo embora
E no lugar ficou apenas decepção...
É o que existe de mais comum
No desfecho de todos os dramas
A hora dos carrascos também chega...
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Pego um pequeno galho seco
E mexo na terra
O que estou fazendo?
Nem eu mesmo sei...
Posso estar desenhando um sol
Implorando que ele volte...
Posso estar escrevendo teu nome
Que ainda continua lindo...
Ou apenas alguns rabiscos
Sem noção alguma
Que nem meus sonos mal dormidos...
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M.F. morreu cedo. Mais tarde do que muitos, mas mais cedo do que muitos outros também. Nunca sabemos de nada. As surpresas atacam-nos quais mosquitos que zumbem nos nossos ouvidos quando apagamos a luz. Será lembrado? Não sei se sim, não sei se não. Mas eu com certeza lembro vez em quando daqueles cabelos grandes que não poderá mais cortar para que cresçam novamente...
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Morbidamente descolorido
Fingidamente feliz
Sorrisos só por praxe
Segredos inconfessáveis
Comportamento vexatório
Por aí existem esqueletos
Que são contudo cheios de carne...
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Eu confundo certas unidades e cálculos errados dão rotas para onde não queria ir. A felicidade também é algo perigoso, é que nem a riqueza transformando ricos em miseráveis. Os peixes morrem fora da água. Sem céus não há estrelas. Não cortem as asas dos pássaros. Eu confundo certas letras e acabo dizendo aquilo que não queria. A solidão é um vício como qualquer um outro, basta que haja espaço para se acostumar. Os abismos também possuem vertigem. Sem medo a coragem se amedronta. Não mexam em minhas feridas...
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Todo tamanho
A rua é pequena para os homens
Tão grande para as formigas
O pó conhece vários infinitos
Todos eles de uma vez
Eu cansei de ver isso
No destino de todos os miseráveis
Todo tamanho...
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Não importa quem tem razão, não interessa de qual lado é. Tudo que é humano humilha, persegue, machuca, dói. Não interessa quem começou, quem termina, quem ganhará. Tudo que é humano deve ser vigiado, medido, desconfiado. De todos os erros, a guerra é o maior deles...
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