Troco palavras ou invento-as. As regras são minhas e a sua profanação também. Esqueço dados e mato lembranças fúteis como se nunca tivessem existido. Eu sou a minha própria loucura e a minha confissão dela. Não existem mais convenções que eu possa suportar. Faço festas sem motivos e quantos carnavais eu quiser fora de época. Mando que o sol faça seu serviço dentro da noite. Estalo os dedos para saírem milhares de fagulhas. Escondo banalidades em minhas secretas gavetas. Tudo é tão engraçado enquanto copiosamente choro.
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É mentira! É mentira! Nenhum tempo foi embora. A perenidade é uma regra fixa. Nossos olhos que nos pregam peças. Nossos ouvidos nos enganam por puro deleite. O caminho está parado no mesmo lugar. As pedras só saem se algo ou alguém as retira. O estático é via de regra. A saudade é nosso vírus. Existe por uma síndrome. É o que temos. Tudo continua lá. Tudo está no mesmo lugar. Nosso engano que nos faz pensar na partida como uma ideia fixa. É mentira! É mentira!...
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Cada um...
Seu destino, triste ou alegre
Eis aqui o seu script...
De nada adianta
Mudar o roteiro
inventando novas regras...
Tudo é o que é...
O sangue só conhece veias
E o rubor de nossas faces
Variados motivos...
Clowns e pessoas na plateia...
Tanto faz...
Silêncio... Barulho...
Cada um...
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Vejo os sinais de trânsito
São estrelas expulsas do céu...
Tento entender nossas ruas
Mas são eternos labirintos...
A primeira consoante
Ou a primeira vogal?
Caprichem na pose!
Será menos patético
No dia em que rirem...
Sem regras
Sem freios
Apenas eram azuis...
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Você foi minha tábua de salvação
de dias não mais tão distantes
do que até possa se imaginar...
Eu contava minutos sem relógio
e nesse tempo tristonho
quase me tornei um bailarino famoso
ou até um acrobata suicida...
Ríamos com algum motivo
mas principalmente sem motivo algum...
Me arrependo de ter sido eu mesmo
poderia ter sido o que nunca fui
e a maldade não contaria tanto
nesse meu mais infeliz histórico...
Você foi minha tábua de salvação
agora parece que não é mais nada...
Não quer ser tábua do meu caixão?
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Dizer asneiras era seu dom
Até o nom sense pode ser uma virtude
Tem dias que o gato saiu da tuba
E outros que ele nem entrou...
Como são lindos esses cachos!
Os mesmos que você se esforça para tirar
Num ato digno de mil carpideiras!
Não há bondade em olhos tortos
Principalmente se são os meus
Pois eu sempre a esqueço
Se saio apressado de casa...
Amanheceu e amanheceu
(Minha cara tolinha)
E o seu sono é igual qualquer outro...
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Sem medo,
quase igual ao arranjo que escutei
dia desses atrás na acordeom...
Interessante
que agora poucas coisas me interessam
e alguns papéis se tornaram invertidos...
Palmas para os vilões!
Eu pretendo algum silêncio
mas que não seja o que todos esperam
mesmo quando tal não acontece...
Sem medo,
fúria da água que não queria afogar
mas acabou afogando...
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