quarta-feira, 23 de março de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 150


Troco palavras ou invento-as. As regras são minhas e a sua profanação também. Esqueço dados e mato lembranças fúteis como se nunca tivessem existido. Eu sou a minha própria loucura e a minha confissão dela. Não existem mais convenções que eu possa suportar. Faço festas sem motivos e quantos carnavais eu quiser fora de época. Mando que o sol faça seu serviço dentro da noite. Estalo os dedos para saírem milhares de fagulhas. Escondo banalidades em minhas secretas gavetas. Tudo é tão engraçado enquanto copiosamente choro.


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É mentira! É mentira! Nenhum tempo foi embora. A perenidade é uma regra fixa. Nossos olhos que nos pregam peças. Nossos ouvidos nos enganam por puro deleite. O caminho está parado no mesmo lugar. As pedras só saem se algo ou alguém as retira. O estático é via de regra. A saudade é nosso vírus. Existe por uma síndrome. É o que temos. Tudo continua lá. Tudo está no mesmo lugar. Nosso engano que nos faz pensar na partida como uma ideia fixa. É mentira! É mentira!...


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Cada um...

Seu destino, triste ou alegre

Eis aqui o seu script...

De nada adianta

Mudar o roteiro

inventando novas regras...

Tudo é o que é...

O sangue só conhece veias

E o rubor de nossas faces

Variados motivos...

Clowns e pessoas na plateia...

Tanto faz...

Silêncio... Barulho...

Cada um...


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Vejo os sinais de trânsito

São estrelas expulsas do céu...

Tento entender nossas ruas

Mas são eternos labirintos...

A primeira consoante

Ou a primeira vogal?

Caprichem na pose!

Será menos patético

No dia em que rirem...

Sem regras

Sem freios

Apenas eram azuis...


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Você foi minha tábua de salvação

de dias não mais tão distantes

do que até possa se imaginar...

Eu contava minutos sem relógio

e nesse tempo tristonho

quase me tornei um bailarino famoso

ou até um acrobata suicida...

Ríamos com algum motivo

mas principalmente sem motivo algum...

Me arrependo de ter sido eu mesmo

poderia ter sido o que nunca fui

e a maldade não contaria tanto

nesse meu mais infeliz histórico...

Você foi minha tábua de salvação

agora parece que não é mais nada...

Não quer ser tábua do meu caixão?


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Dizer asneiras era seu dom

Até o nom sense pode ser uma virtude

Tem dias que o gato saiu da tuba

E outros que ele nem entrou...

Como são lindos esses cachos!

Os mesmos que você se esforça para tirar

Num ato digno de mil carpideiras!

Não há bondade em olhos tortos

Principalmente se são os meus 

Pois eu sempre a esqueço

Se saio apressado de casa...

Amanheceu e amanheceu

(Minha cara tolinha)

E o seu sono é igual qualquer outro...


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Sem medo,

quase igual ao arranjo que escutei

dia desses atrás na acordeom...

Interessante

que agora poucas coisas me interessam

e alguns papéis se tornaram invertidos...

Palmas para os vilões!

Eu pretendo algum silêncio

mas que não seja o que todos esperam

mesmo quando tal não acontece...

Sem medo,

fúria da água que não queria afogar

mas acabou afogando...


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