Tudo é tão pequeno
mesmo quando pareça o inverso.
A fragilidade das coisas
acaba mostrando
o seu verdadeiro tamanho...
A maldade é um simples detalhe
os assassinos também morrem...
A tristeza também acompanha
os que fazem chorar...
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Que me dera
conhecer todos os pássaros que voam,
saber quem são os peixinhos do mar,
chamar cada nuvem por seu nome próprio,
dar bom-dia para cada pedra com familiaridade,
não ser mais o estranho que sou,
na maioria das vezes para eu mesmo,
quem me dera...
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Aqui tem poesia,
mesmo que sejam palavra óbvias
sem mérito algum,
mesmo que a mesmice do desespero
façam enjoativas construções,
mesmo que não haja valor algum
feito uma frase de parede sem sentido,
mesmo que nem o autor queira
saber dela depois de feita,
o tempo se encarrega de cada eternidade...
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Sinto certa inveja
de certas tristezas menores que as minhas,
dores que são lancinantes
que consegue atravessar mais tempestades.
A minha coragem já nasceu morta
e os meus sonhos decidiram ir embora
antes mesmo de chegarem.
Sinto inveja dos loucos
que nada percebem em sua volta
e por isso não precisam
de explicação alguma para nada...
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O começo do fim ou o fim do começo,
agora tanto faz pois esse tempo é muito pouco...
Quero abrir a jaula dos leões
e deixá-los correr sob a luz da tarde,
não conheço mais nenhum perigo...
Quero um par de asas de metal
e como um moderno Ícaro
ir além até que nada mais reste...
Quero passear pelas madrugadas
desta minha cidade perdida,
os outros é que terão medo de mim...
O começo do fim ou o fim do começo,
agora tanto faz pois esse tempo é muito pouco...
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Estou farto de dogmas e de regras,
o menino malcriado está de volta
das profundidades de um tempo
que eu mesmo pensei não voltar mais...
Carrego comigo o estigma da maldição
como quem mandou tatuar uma blasfêmia...
Nada é tão bom que tenha de ser chorado,
nada é tão mau que não sintamos sua falta,
o relógio funciona mesmo cansado...
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O vento parou...!
O que será que aconteceu?
Sufoca em mim esse tempo
que mesmo assim eu gosto...
Decidiu ir para outras terras?
Fez a curva e gostou mais de lá?
Quis pregar uma peça
como há muito não fazia?
O vento parou...!
Acho que foi o velho ventilador
que afinal adormeceu...
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