o tombo é mais que certo,
a minha cabeça dói tanto...
O abandono percorre caminhos,
eu me perco em labirintos,
as paredes logo desabarão...
Lutamos sem luvas de boxe
e acabamos beijando a lona
antes do primeiro round...
Todo beleza nasce da crueldade
enquanto a multidão aplaude,
mesmo sem saber o porquê...
A flecha atravessou o ar
e em velhas invasões vejo
aquele meu novo pesadelo...
Miseráveis é o que somos,
sobretudo quando enriquecemos
em troca de algo alheio...
Chamem logo as carpideiras,
mande que vistam branco
e dancem uma nova dança...
As tranças de quem amava
matam mais que um veneno
a minha pobre vida...
Decerto eu sou o próximo,
não fugirei novamente,
os pés não obedecem mais...
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