Voo, revoo,
não tenho certeza
e muito menos direção...
Serei um pássaro?
Acho que não...
Asas me bastam
para que não chegue
mais ao chão.
Conto, reconto,
não tenho exatidão
e muito menos memória...
Nunca fui máquina?
Acho que não...
Sou a mistura
de tudo triste e alegre
que monta a história.
Faço, refaço,
até a hora que pare,
chamam isso final...
Serei um deus?
Acho que não...
Minhas taras
Sempre me acompanham
como tatuagens.
Quero, desquero,
minha excessiva calma,
que até irrita...
Serei um sonho?
Acho que não...
Nem sei se existo
Ou fui miragem de outro
Que ainda dorme...
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