De asas como madeixas
Não sei se te quero
Ou se me iludi com os truques do mágico
Vivo há mais de meio século
Ainda não me decidi
Sobre metrificados ou livres
Se me entristeço entre nuvens
Ou danço nas chamas...
De olhos feito predador
Não sei se resisto ou me jogo às feras
Se derrubo paredes com socos
Ou cabeceio a parede
Até cair no chão desacordado
Enquanto todos os passantes
Acabem achando que bebi demais
E deveria parar de beber...
De curvas de certeira ambiguidade
Simples engano estético
Não sei se me firo ou firo aos dois
Com um excesso de carícias
Que eu mesmo nunca tive
Com uma ternura inexistente
Minha mente agora
É um pião rodando no chão...
De asas como madeixas
Não sei se te quero...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário