Eu e meus pés em noturnas ruas...
Vamos guiados por tristes luas...
E um barulho soturno vai se formando...
São meus olhos que vão molhando...
A roupa mal vestida...
Cada passo vacilante...
Uma vida sem vida...
O que terá adiante?
Sonoro silêncio...
Um cão vadio agora dorme...
E meu medo ainda é enorme...
Os gatos executam seu malabarismo...
E não tenho nem mais um abismo...
O amor corrompido...
Tristezas que passaram...
Ai quem dera ter dormido...
Onde meus planos erraram?
Sonoro silêncio...
As corujas procuram suas presas...
Existem tantas e tantas surpresas...
E um vento fininho vai cantando...
O destino vai de mim debochando...
A comida negada...
O carinho esquivo...
De que adianta esta estrada
Se mesmo morto estou vivo?...
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