A praça se lambuza de sol...
E mesmo nos momentos que está deserta
Há toda uma vida que assim fervilha
São os seres pequeninos que ali moram
E que fazem parte da vida sem percebermos...
A praça respira grandes goles...
E escreve em letras boas e invisíveis
Histórias que mais ninguém sabe contar
Sonhos de ontem dos que não tem casa
E crimes medonhos que só ela suporta...
A praça pinta cores sem nenhuma tinta...
E permanece um minuto de luto
Não por aqueles que já partiram
Mas pelos muitos que ainda vivem
Porque alegria e dor se confundem sem notar,,,
A praça espera tardes tardias de chuva...
E ainda alguma brincadeira que surja
Porque na verdade todas as coisas sérias
Acabam tendo um riso meio que disfarçado
Bonita como os vidros coloridos do colar barato...
A praça anseia pelas últimas fogueiras...
E pela fumaça duma mística aparição
Só não queimem os versos que não fiz
Esses são bem mais bonitos com certeza
Do que meus passeios solitários de tristeza...
A praça se lambuza de sol...
E eu gosto tanto...
Nenhum comentário:
Postar um comentário