sábado, 31 de março de 2018

Pesadelo


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Olhos arregalados
Tudo espanta
A lâmina afiada
Na garganta
O próprio tempo
O tempo conta
E eu sinto a dor
Da sua ponta
É hora de viver
E falta o ar
Tudo me dói
Até respirar
Rosto tão feio
A cara medonha
E nela um sorriso
Com a sua peçonha
Mãos pegajosas
Garras ferindo
Meus ossos tremem
Estão se partindo
Escuto o grito
É ensurdecedor
E nada adianta
Nem mesmo a dor
Aquele ser é cego
Pela catarata
Mas tudo vê
E tudo mata
Suando e tremendo
Por fim acordo
Tudo foi ruim
Tudo me recordo
Silêncio! Sem barulho
Do meu lado dorme
O motivo do susto
Um monstro enorme...

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