quarta-feira, 28 de março de 2018

A Fuga dos Ratos

Tanto assuma como suma
Eu quero um cão sem pluma
Estrada de terra é mato
Este monteiro não é lobato
O rato tocando cuíca
Vamos ver quem fica
Por mais quatro anos
O gato tocando piano
Uma estrela catalogada
A ossada já está contada
A fac-símile é similar
À este beco familiar
E isto eu não nego
Que enxerguei o cego
Vamos de novo à fazenda
Preciso buscar a prenda
Enigmas são enigmáticos
Os malvados são práticos
A janta está servida
Acho que hoje é comida
Pergunte ao Bispo
Se hoje é galispo
Foi um dos vinte e cinco
Deu na cabeça ornitorrinco
Os anões usam camisinha
É um pirão sem farinha
É um repórter de plantão
Estacionaram na estação
“Seu” Chico cadê o Buarque?
Foi passear lá no parque
Eu não escuto meu grito
Traga a cerveja no palito
Agora eu vou pra marte
Ou pra qualquer parte
O primeiro a fugir não é bobo
Caíram na boca do lobo

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...