Cada poema que faço
É minha alma voando no espaço...
Indo onde não posso ir
E já não sei mais quem sou
Só sei que sou quem amou
Pássaro à voar ou à cair...
Cada poema é um parto
É trazer o mundo para o quarto...
É matar a minha solidão
É espantar meu próprio medo
É descobrir todo e qualquer segredo
Que está trancado no coração...
Cada poema é um filho
É uma estrela com o próprio brilho...
É uma força que não controlamos
E que pode até nos controlar
É um quê e um querer amar
Mesmo quando nos desesperamos...
Cada poema é uma estrada
Que pode dar em tudo ou em nada...
Sangram os pés e os olhos se molham
Mistura de mil sensações diferentes
Dias de luto ou segundos dementes
Enquanto muitos nem nos olham...
Cada poema que faço
É minha alma voando para o espaço...
Não sei se chegarei lá algum dia
Mas tentarei até não haver o que sangrar
Eu os guardo comigo e hei de guardar
Até fugir a tristeza e vir a alegria...
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