Não
é, não é e nunca foi. Apenas a lamentação de um só, quando muito. Um só perdido
em tantas ruas, com tantas pessoas, mas sem ninguém pra falar, sem poder dar um
grito, sem dizer como doem as feridas que o tempo deixou e não voltará pra
levar de vez.
De
forma alguma, não é nada. São apenas os cadáveres dos sonhos, eu os recolhi e
guardei em pobres bolsos com outras coisas que nem me lembro mais o que são. Os
olhos continuam atentos, apesar da vista mais curta, e, ainda, caça os segredos
que existem pelo ar.
Quando
muito são apenas mais algumas bobagens, sim são. Algumas músicas que nunca mais
escutei, sucessos interrompidos sem malícia alguma, marcas de velhos dias da
névoa de minha lembrança.
Uma
triste tentativa é o que é, de versos que nasceram com defeitos de fabricação,
não falando de nada, ou pior, falando de tão pouca e mesma coisa, de brinquedos
perdidos num antigo quintal.
Uma
fantasia malfeita, é isso que é.
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