Estou
sentindo meus pés dormentes
Invado
as cercas e mato os quintais
Estou
em todos os presentes
Quero
respirar e não quero mais
Trancar
assim todos meus dentes
Estou
ali perto nos coqueirais
No
peito doce de alguns doentes
Eu
faço as bandeiras e peço paz
Caldeirões
de vidro tão presentes
Claro
absurdo de colibris no cais
Me
lembro de algo vagamente
Talvez
alguns amores nos Cascais
E
canto sem nunca sobriamente
Ter
visto de perto tanto lilás
O
gelo é só um fogo ardente
A
madeira se queimou pedindo zás
Eu
perdi a corrida bem na frente
São
os longos dias de São Brás
Existem
agora pedras cadentes
Cercando
todos os pontos cardeais
E
os alpistes têm gosto diferente
E
a música me esgotou cedo demais
Casamatas
de ritmo mais frequente
Nem
de perto tem o gosto de aguarrás
Do
pecado original fui conivente
Na
conivência dos meus ais
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