Quero ser humano
Humano simplesmente
Maldito profano
Estranho carente
E entra ano e sai ano
Me sentindo doente
Doente de tristeza
Doente de saudade
Indo contra a correnteza
Caçando felicidade
Freguês da incerteza
Fugitivo da maldade
Maldade também minha
Mesmo fazendo sem querer
E minha carne definha
Sem ao menos perceber
Aquele riso que tinha
Agora só quer doer
Dói aqui nas entranhas
E dói dói muito demais
Foram algumas façanhas
Que me tiraram a paz
E umas paixões tão tamanhas
Que não morreram jamais
Paixões que carrego comigo
Por onde é que eu vá
E mesmo sem um abrigo
Eu só preciso andar
E aquele ombro amigo
Para que eu possa chorar
Quero ser humano
Humano simplesmente
Maldito profano
Estranho carente
E entra ano e sai ano
Mesmo estando ausente...
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