É
o que temos para hoje e assim basta...
Explicações
quase que possíveis por aí...
Eu
tento mil vezes encontrar palavras certas
Para
uma doce incerteza que me aflige...
Ando
pelas calçadas como um deus
E
deixo que usem e abusem do meu dia...
Falar
é a coisa mais fácil do mundo
E
usar todas as cores que se quer usar...
Certamente
agora mesmo rogam-se pragas
E
elas vêm sem aviso algum que nos previna...
Eu
acabo me drogando quase sempre
Com
novas piadas e velhas histórias...
Porém
um quase-amor já me basta...
O
circo dos leões já está preparado
Para
mais um espetáculo de sempre...
Eu
sou o que sou! Acabei descobrindo isso hoje
Quando
olhei no espelho e nem respondi
Ao
bom-dia tão amável como as tempestades...
Também
acabei descobrindo a utilidade matemática
De
certas expressões de pura poesia...
Hoje
é dia em que o lixeiro passa
E
já coloquei alguns pesadelos para ele levar...
Não
me importo em fazer alguns rabiscos
Que
se tornem ao acaso numa nova sinfonia
Os
abismos estão em falta no mercado...
As
pessoas estão andando de olhos fechados...
E
os outros sentidos foram tirar férias
E
ainda não voltaram para seus afazeres...
Quero
beijar as suas delicadas mãos
Como
quem grita de mais algum desespero...
(Extraído de "O Livro do Insólito e do Absurdo" de autoria de Carlinhos de Almeida)
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