Nada para fazer...
Nada para sentir...
Sem vontade de viver
E com medo de partir...
É assim que nos sentimos
Tudo sempre tão igual
Mesmo quando insistimos
Já passou o carnaval...
Nada para gritar...
Nada para agir...
Sem amores para amar
E sem abismo para cair...
E o tédio vai nos matando
Tirando cada um dos encantos
E mesmo se vamos nos ocultando
Se escondendo pelos cantos...
Nada para reclamar...
Nada para alguma compaixão...
Só nos basta respirar
Sem nenhuma reclamação...
Mas mesmo se nada existe
Na mais pesada monotonia
Eis que surge e que insiste
Os versos de qualquer poesia...
Nada para nada
Nada para tudo
Ainda existe a estrada
Mesmo estando eu mudo...
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