sexta-feira, 16 de março de 2018

Navegante Sem Porto

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Não tenho saudades de tempo algum
Quando muito daquilo que não aconteceu
A estrada existe e isso é uma certeza
Caminho e morte são as únicas visões
E o impossível é tudo aquilo que queremos
Não me faça perguntas tão simples
Só complicados enigmas são o nosso tema
E estranhos rituais repetidos no dia a dia
A mesa está posta e os convidados ainda não chegaram
A luz se acendeu e tudo continua escuro
Vamos roubar sonhos em quaisquer nuvens!
E nos drogarmos com coisas que não ocorrerão
Navego em águas assim meio turbulentas
Mas o barco teima em não afundar
Os versos acabam fluindo de qualquer nada
E isso pode ser até um bom sinal
Valeu a pena meu rosto ter avermelhado um dia
E o coração ter disparado sem ordem alguma
Tudo continua e continuará na mesma ilusão
Porque tudo apenas muda por não mudar
Os círios estão acesos em volta do esquife
E eu peço que façam silêncio por favor
Vejo um porto! Terra à vista!
Ando precisando me embriagar menos...

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