O copo vazio
em cima da pia
Como um
corpo jogado no asfalto
A televisão
falando sozinha na sala
Sem nenhum
inseto para acompanhar
Calculo
inexato de inversas proporções
Milhões de
olhos enceguecidos
A verdadeira
mentira existente
Eu não sei e
nem ninguém sabe
As teorias
da conspiração conspirando
Baticum sem
som algum para nos acordar
Hei de
chorar ainda milhares de vezes
Por um leite
que não foi derramado
Não consigo
ir nem na esquina
Mas todas
elas dvem ser exatamente iguais
O monstro
acabou de acordar sonolento
Em algum
lugar devem haver margaridas
E algum
elixir mágico que nos sirva
Todo
completo acaba faltando um pedaço
Os
esquecidos acabaram se esquecendo
Todo teatro
acaba sendo meio malvado
A rouquidão
afetou a garganta
Mas a surdez
continua firme e forte...
(Extraído do livro "Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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