Será noite? Deve ser...
Os meus olhos, agora, recusam em abrir...
Olho para alguma coisa sólida,
Esta deve ser a parede...
E depois desta, outra e outra,
Até que o mundo nada mais seja - paredes...
Sinto um frio indefinido
(Onde ele estará agora?)...
Será o mesmo frio das ruas?
Não há resposta para minha pergunta
(Cale a boca, menino!...)
Não há mais luz da velha chama,
Os olhos, agora tortos,
Só esperam o dia que morrerão...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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