quarta-feira, 31 de maio de 2023

O Boys

 

Entre a timidez do espetáculo

E os fogos de artificio de cor indeterminada

Nós jogamos...

Vem para meu inferno de muitos sonhos

Onde a eternidade é tão banal...

Quero te dar algumas dessas chuvas

Com trovões silenciosos...

Andaremos com carros feitos de papel

Onde nada mudará...

Pequenas pedras fazem um coro

Onde segredos são revelados...

Eu pinto em muros

Frases esquecíveis e bonitas...

Minha sóbria maldade

Não deseja limite algum...

Um sacrifício em nossa ara

Traz solenes lembranças...

Capítulos de novelas antigas

E algum choro quase sincero...

Eu mordi o passado

E isso foi em grandes goles...

Não traga a piedade

Embrulhada em papel de pão...

Eu sei todas as partes

De um livro não-escrito...

Em caso de emergência

Não quebre o vidro...

Em caso de alegria

Grite bem alto...

Cuidado ao sonhar

Evite algum acidente...

Doces cairão muito bem

Tanto reais quanto imaginários...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Insalubre (Miniconto)

Insalubre era a casa dela (se é que podia ser chamada de sua ou ser chamada de casa). Qualquer favela tem coisa bem melhor. Sem porta, sem j...