A roda dos desesperados
lubrificada
Um aumento
de vítimas da mídia
Acaba
gerando mais alguns loucos
Tudo está
contido em uma grama
Atenção,
senhores, acabou o café
Motivos mais
que óbvios de luto
Em qualquer
cidade há infelizes
A boa saúde
só não é má
Mistura
insaciável de neologismos
Uma poção de
fritas queimadas
Como manda a
nova moda
O cancioneiro
que foi preterido
Até os
modernos envelhecem
As manchas
de batom nas cuecas
Mais um
reality show de mentiras
Tudo é
resolvido por gestos
Cortaram a
língua dos mágicos
E os
filósofos acabam xingando
Vou engolir
os meus óculos
E beber seu caldo
até o final
Perdi o medo
de douradices
No meio de
sérios amarelismos
Nos bazares
vendem-se aberrações
Uma tara sim
e outra também
Eu não creio
mais em fetiches
E sonho
aterrado com engrenagens
Satã agora
tem a minha cara
Bebo uma
certa brutalidade
Receberei
mais tortas na cara
É a
semelhança de uma diferença
Mais vento
do que ventilador
Vendem-se
pesadelos baratinhos
A piedade é
lâmina de barbear
Não haviam
segredos de alcova
Tudo foi se
desfazendo
Menos as
fotos de eterno papel
Na véspera
do carnaval amuei
Mariolas
embaladas com esmero
Apenas uma
batalha doméstica
Os mariscos
herdaram as cascas
O galã de
novela sofre de impotência
Acabei de
construir um manicômio
Minha cabeça
apenas guarda chapéus
E o mundo debruça-se sob os muros...
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