Pesados passos na cozinha
E eu num silêncio quase comportado
Espero
Esperemos
A cortinas se abrirem ou a plateia delirar...
O som das gotas contados na pia
E quase recordações de um dia passado
Espero
Esperemos
Todos os bichos noturnos lá fora se esquivando...
Um fantasma andando na sala
E minha morte que não veio ainda e virá
Espero
Esperemos
O tempo que vem brincar em velhos relógios...
(Extraído do livro "Manual Prático de Poesia Absurda para Desesperados de autoria de Carlinhos de Almeida).
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