sexta-feira, 5 de maio de 2023

Alguns Poemetos Sem Nome N° 232


Cidade em meu colo

Com toda a malícia que

a minha inocência pode ter...

Olhos pregados

Sofreguidão voluntária

por velhas revistas proibidas...

Meu rosto esquentando

Tudo sempre muito escondido

agora num tempo já enterrado...

Escondido... Escondido... Escondido...


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Risquei um fósforo

Acendi a chama

Na escuridão

Sonhei o sonho

Não me adiantou

Que decepção

Dei um sorriso

Tentei me alegrar

Mas foi em vão...


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Tudo vai embora

Tudo toma um rumo

Pé na estrada

Sem ao menos olhar pra trás...

Todo tempo corre

Não adianta grito

Feitiço não adianta

Os relógios envelhecem

E os espelhos quebram...


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A cidade pegou fogo...

Quem diria que pegasse

Pegou nos arranha-céus

Com seus escritórios

Pegou nos condomínios 

Com seus luxos

Varreu as calçadas

Com suas cinzas e brasas

A cidade pegou fogo...


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O que teria atrás do muro?

O passado? O presente? O futuro?

Um fogo aceso ou um canto escuro?

Um amante suspirando?

Um pobre poeta delirando?

Um passarinho machucado?

Um plano perfeito que deu errado?

Um tempo passado que não volta mais?

Um céu nublado chamando temporais?

O que teria atrás do muro?

O passado? O presente? O futuro?...


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O novelo do gato

O ninho do passarinho

A evidência de sóis

Dança de chuvas

Eu e eu mesmo

Mesmo em silêncio

Como pedras

Ou o mar dormindo...


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Fechei meus olhos ontem

Abri meus olhos quase agora

Um noite e mais dormindo

Para que os sonhos aparecessem

Meninos traquinas entre nuvens

E algumas borboletas vadias...


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