Hei de bem
me comportar
Como o bom
burguês que não sou
E que nunca
hei de ser um dia...
Hei de
colher rosas com a boca
Engolindo
todos os seus espinhos
Até que as
manhãs fiquem cansadas...
Hei de
dançar feito um maluco
Com todo
esforço que assim puder
Até as estrelas
caírem lá de cima...
Todo encanto
acaba se perdendo
Tenha ele
correntes ou não tendo...
Hei de ser
como o cego pedindo
Esmolas na
feira que tem no sábado
Escutando
tudo e não vendo nada...
Hei de
chorar de forma compulsiva
Como uma
carpideira em seu trabalho
Afinal todos
nós temos que comer...
Hei de fazer
discursos pelas praças
Como alguém
que tem algum motivo
Enquanto não
existe mais motivo algum...
Os meus
passos ficarão marcados no chão
Até quando eu não existir mais nesta vida...
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