Em tudo apenas o gosto, nada mais
Aquela impressão que conhecemos o desconhecido
Não importando mais distância e cansaço
Eu acabei olhando todas estas nuvens
E todas elas eram parecidas com estas suas olheiras...
Agora arranjei asas...
Cada rosto que encontro pelas ruas, fico triste
Mas isto é um lugar-comum como qualquer outro
A certeza do fim não me serve como um sinal
Até os rios um dia poderão parar seu percurso
E eu não se isso será um festejo ou seu contrário...
Perdi o medo da escuridão...
Olhe só que coisa inevitável e tão engraçada
(Não reparem nesta minha antiga maldade)
Eu lembro mais ou menos bem do que contaram
Todos aqueles que viajaram bem antes de mim
Alguns insetos bailam febrilmente em torno da luz...
O medo teve até medo do meu medo...
Em tudo apenas o gesto, nada mais
Cada momento jogado fora por aí, um dia
Não importando mais distância e cansaço
Eu acabei olhando todas estas nuvens
E todas elas eram parecidas com estas suas olheiras...
Agora arranjei asas...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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