Água doce, meio amarga,
Em todos os cantos, todos os jeitos
A forma que nem eu sei,
Dias corridos até não poder mais...
A mesmice destrói tudo aos poucos,
Rodos os mundos não são,
O meu silêncio estará sempre à venda
Por algumas simples moedas...
Água doce, meio insossa,
Vou me esconder agora de mim mesmo,
A máscara do meu fantasma
Agora está sem ópera alguma...
Os dias continuam como antes,
Nuvens cinzas estão decorando os céus
E eu, pássaro de inúmeras penas
Já me esqueci de como poderia voar...
Água doce, meio insalubre,
Em velhas poças d'água estão os sonhos,
A pedra que o menino jogou
Fará que todas elas vivam novamente...
(Extraída do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida),
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