terça-feira, 30 de maio de 2023

Meia Metade

 

Choveu o céu quase todo

Para qualquer arte um consolo

Bestialmente defendo teorias

Provo do açúcar amargo

E nem sei mais nada de nada

Decorarei o nome destas ruas

E quebrarei pedras com as mãos

Repito alguns beijos forçados

Com meu tesão aumentando

Meus pulmões são inocentes

E meus dedos nem tanto

Quero gritar no meio da feira

Vendendo aquilo que não tenho

As minhas feridas doem tanto

É estranho ser tão estranho

Enquanto acendo várias velas

Os inocentes foram culpados

E os livros lidos ao contrário

É tão complicado ser tão simples

Cinzas e marimbondos necessários

Enlouqueci quase agorinha

Dispensando qualquer piedade

O seu sexo me é tão perfeito

Como quarenta e nove segundos acesos

Basta-me uma dose de uísque

E alguns detalhes mais imperceptíveis

Como aquele vagabundo qualquer

Amanhã é qualquer um dia

Que eu agarrarei pelos cabelos

Para poder morder seus lábios

A baixa autoestima bem lá no alto

Enquanto suplicamos sonhos

Antes que morramos deles mesmo

Peço perdão por nada

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