Poemas
engolidos de qualquer jeito
Pontuação e
concordância com defeito
Vergonha na
cara quase em extinção
Os heróis
são vilões na nova estação
Uma live
para falar o que não sabe
Fazendo o
papel de idiota que lhe cabe
Vinho suave
e veneno mais suave
Estamos
prontos para implodir a nave
Vamos
degustar belos pratos de areia
A verdade
que nos basta é somente meia
A menina
inocente com cara de puta
Toda
delicadeza tornou-se força bruta
O singular
acaba se tornando plural
Algumas
decepções acabam fazendo mal
Enquanto o
Rio de Janeiro continua rindo
E profetas
de esquina continuam vindo
Faremos
alguns bacanais improvisados
Acendendo
fogueiras para todos os lados
Toda
filosofia precisa de um certo ajuste
Enquanto
cada sina custe o que custe
Trezentas
vezes meio calhambeque
Não tem o
valor exato de meio pileque
Um enxame
violento de afro-abelhas
É um belo
espetáculo de centelhas
Em rumo para
Roma por tais caminhos
Nós nunca
nos sentimos tão sozinhos
Minha suíte
no inferno está preparada
Um pouco de
muito e muito de nada
Fui culpado
de certas coisas e outras não
Ser humano é
apenas toda a questão
Lâminas
podem ser o meu presente
Antes que eu
me torne mais ausente
Antes que eu
não me sinta mais forte
E sinta
preocupado ventos do norte
Eu desaprendi
a fazer meus cigarros
Enchi meus
pulmões de muitos catarros
Assim o diz
o grã-duque da Massileia
Toda vez que
acaba perdendo a ideia
Cervejas
abertas com nossos dentes
E coroas
funerárias para os parentes
Somos
entusiastas de todas marcas
E temos mais
fé do que o pau da barca
Deus é um
açougueiro vegetariano
Somos de um
tempo que tinham bolos
E certos
crimes não possuíam dolos
E toda continuação acabava logo...
Nenhum comentário:
Postar um comentário