Apontemos o dedo para a mais desenvolvida civilização
Póstumos rastros que apontam o dedo para o nada
Somos os intrusos nesta festa que foi programada
Eu não sei mais nada do que aquilo que nunca sei
A flecha do tempo acabou sendo atirada de uma vez
Quase todo o risco depende de quem tenta pensar
A alegria é apenas mais uma grande farsa que foi montada
Palhaços e espelhos acabaram de ter sua cara pintada
Toda dificuldade é apenas mais um simples detalhe
A salvação completa necessita dos mais simples detalhes
Todas as lantejoulas deixam de brilhar passado seu limite
Não sabemos quais as cores o pintor usa em sua arte
A dança acaba contagiando a menina que foi tão feia
Quebrei meus ossos um por um sofrendo de deleite
Joguei mais uma pá de cal por sobre mim em deferência
Havia um desejo no fundo do meu olho de forma latente
Quem me dera não fosse mais eu mesmo em certos instantes
Andaria por todas as terras que o mundo pudesse me oferecer
Estou me envolvendo em minhas cobertas tremendo de frio
Sou apenas um peso-morto no meio desta nossa sociedade
Tudo aquilo que tenho vale bem menos do que uma moeda
Com essa nossa tecnologia aumentemos os gastos e os custos
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