segunda-feira, 22 de maio de 2023

Da Síndrome do Mito da Caverna

 

Apontemos o dedo para a mais desenvolvida civilização

Póstumos rastros que apontam o dedo para o nada

Somos os intrusos nesta festa que foi programada

Eu não sei mais nada do que aquilo que nunca sei

A flecha do tempo acabou sendo atirada de uma vez

Quase todo o risco depende de quem tenta pensar

A alegria é apenas mais uma grande farsa que foi montada

Palhaços e espelhos acabaram de ter sua cara pintada

Toda dificuldade é apenas mais um simples detalhe

A salvação completa necessita dos mais simples detalhes

Todas as lantejoulas deixam de brilhar passado seu limite

Não sabemos quais as cores o pintor usa em sua arte

A dança acaba contagiando a menina que foi tão feia

Quebrei meus ossos um por um sofrendo de deleite

Joguei mais uma pá de cal por sobre mim em deferência

Havia um desejo no fundo do meu olho de forma latente

Quem me dera não fosse mais eu mesmo em certos instantes

Andaria por todas as terras que o mundo pudesse me oferecer

Estou me envolvendo em minhas cobertas tremendo de frio

Sou apenas um peso-morto no meio desta nossa sociedade

Tudo aquilo que tenho vale bem menos do que uma moeda

Com essa nossa tecnologia aumentemos os gastos e os custos

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