quarta-feira, 31 de maio de 2023

Pimenta No Dos Outros, Pimenta É

 Sambamos como esqueletos

Esquecemos da soma dos catetos

Lotearam todos esses guetos

Os ferreiros perderam seus espetos

 

Roma foi feita em um dia

O melhor do carnaval é a putaria

Perdi meu pai minha mãe e a tia

Melhor do que cheia só a vazia

 

A raposa tem um rabo grandão

O meu sonho caiu da minha mão

Apague a luz quero escuridão

Perna é perna e mão é mão

 

Eu tive um troço na lua cheia

Tomei um tombo e comi areia

Toda bonita não é mais feia

E a verdade nunca foi meia

 

Sou menos que um cachorro

Eu me perdi e fui parar no morro

Faz tanto tempo que não tem socorro

Não sei se paro e não sei se corro

 

Gravatas servem para foder

Eu não tenho mais o que comer

Eu não sou eu e nem sou você

Não acredito para poder crer

 

Minha velocidade é de tartaruga

Sou bem menor do que uma pulga

Não fiz nenhuma rota de fuga

Até minhas unhas estão com ruga

 

Seu Bonifácio bateu as botas

E quem sofreu ninguém mais nota

Erva daninha sempre mais brota

Ele nada come e depois arrota

 

Feijão e arroz é um mistério

Vou ver minha vaga no cemitério

Essa piada me tirou do sério

Já invadi teu espaço aéreo

 

 

E venha logo cabra safado

Filho-da-puta seu desgraçado

Repare logo no que está errado

Até o torto já anda de lado

 

Eu acredito e não tenho fé

É um sapato pra cada pé

Só não me chame de Lucífer

Pimenta no dos outros, pimenta é...

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Poesia Gráfica LXXXVI

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