A madeira entra no prego
A alma apanha do ego
A pintura feita pelo cego
Vamos dançar no meio do enterro
Comemorar nosso próximo erro
O espeto espetou o ferreiro
Atrasado cheguei primeiro
Todo agosto cai em fevereiro
Suba menina em cima do caixão
O nosso choro é pura diversão
O fruto caiu embriagado
Estou do lado do meu lado
A vida é um soco bem dado
Não haverá mais nenhum mistério
Neste lindo condomínio - cemitério
A saudade acabou morrendo
Quem acreditou foi descrendo
Meus sonhos eu não prendo
Acabou chegando o ápice deste clima
Uma pá de cal e muita terra em cima
A pedra quebrou no soco
O poeta ficou apenas louco
Desgraça é apenas um pouco...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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