quinta-feira, 23 de agosto de 2018

Pequena História Até de Rir

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eu nasci você nasceu todos nascemos
com a expectativa de muita coisa ou coisa alguma
sabe-se lá quem será quem não será também
a dúvida senta-se no trono e dita as regras
a indecisão é o advogado de defesa no nosso tribunal
cada minuto é um processo extremo de envelhecer
e as desilusões chegam que nem mosquitos no mato
ainda mais quando se cai a noitinha em nós...
eu quis você também todos queremos
sermos autores de crimes sem sermos os culpados
participarmos de algum projeto pela salvação dos dias
lançarmos a última palavra saída da boca da moda
esse dragão mais feroz do que os de desenho animado
tudo nesse mundo tem seu pedaço de culpa menos nós
é tão fácil falar belas frases em nossas redes sociais
basta apenas um clique no mouse e já estamos lá...
eu permaneço você permanece estamos por um triz
e as guerras não nos atingem só no nome
e fazemos a postura que pareça mais adequada
não sabemos aonde colocamos a lista de compromissos
comer dormir e ser alguma coisa acabada bastando
porque no meio da noite acorda-se assustado
não pelo que nos espera quando amanhecer o dia
mas pelo que temos certeza que nunca acontecerá...
eu minto você mente quase falamos a verdade
acabamos fazendo o nosso esforço pra que tudo vá bem
mas esse bem por mais um tantinho é quase que mal
a roupa até que ficou bem lavado só tem uma manchinha
e o especial quase que ficou bem comum nessa treta
em tudo entramos em qualquer fila até pro fracasso
a bailarina já tropeçou e caiu no meio da dança
e a esperança acabou indo pro endereço trocado...
eu não quero você também longe de nós
toda humana história poderia ser motivo de riso
cada lance escondido cada carta sob a manga
mas o epitáfio ajudará na última tarefa dum disfarce
durma em paz fique em paz quem nunca a teve
o trabalho do senhor coveiro nunca que acaba
e quem terá por aí alguma nova piada pra nós rirmos?...

(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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