é fato
que cada um morre à sua maneira
e o rato
já rói os ossos da minha caveira
é lato
o sentido que dão pra cada besteira
eu quero
um sentido maior nesta vida
me desespero
sem cura pra essa ferida
sem lero
todo dia é uma despedida
eu faço
os pecados que só eu sei fazer
no espaço
na verdade só há eu e só há você
é cansaço
o único consolo que podemos ter
eu minto
o que neste mundo não é mentira?
um labirinto
foi por lá que eu perdi a minha lira
o absinto
ficar tonto ainda tem quem prefira
é destino
qualquer dia desses eu lhe esbarro
um desatino
quase que eu bato com o carro
sou menino
mas me dê logo um cigarro
é fato
ainda estou sob efeito da bebedeira
me mato
esperar é ainda a melhor maneira
o rato
às vezes brinca até com a ratoeira...
(Extraído do livro "Só Malditos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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