O poeta é aquele que mesmo cego
Enxerga a luz de todas as coisas
Sabe os passos de todos os caminhos
E vai por eles sem medo algum
De que a escuridão o envolva de uma vez...
O poeta é aquele que consegue cantar
Mesmo nos dias que o luto está presente
Que ri enquanto o temporal desaba
Que faz uma festa com as suas palavras
Mesmo quando a esperança já partiu...
O poeta é o doente em estado terminal
Que ainda vê o encanto de tudo em volta
Que junta todas as cores que sobraram
E mesmo sobrecarregado de todo desamor
Consegue se embalar com loucas paixões...
O poeta é um grande amante da vida
E que mesmo assim ainda flerta com a morte
Pois sabe muito bem que a imortalidade
Não depende tanto dele como das lágrimas
De contentamento que conseguiu fazer...
O poeta é o grande palhaço deste circo
Onde existem espetáculos o tempo todo
Pois a sua inspiração trabalha sempre
Vendo todas as manhãs como um presente
E o canto dos pássaros a sua sinfonia...
O poeta é aquele que mesmo cego
Enxerga a luz de todas as coisas
Sabe os passos de todos os caminhos
E vai por eles sem medo algum
E sabendo também a hora de puxar o gatilho...
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