(Para Duk - in memorian).
eu não sei e nem procuro motivos para tanto
só conheço com certeza a tristeza que me acompanha
e se vou naquela página social me torturo
somos os grandes perguntadores dessa existência
mas motivos não nasceram para serem compreendidos...
alguns copos de vinho e um pulo na escuridão
de uma noite que acabou se tornando eterna...
não existem mais olhos para engolir as manhãs
e nem boca para sorrir os sorrisos que viriam...
não existe mais o cotidiano barato e tão bom
dos improvisos que povoavam aqueles sonhos...
é chuva agora e o tempo é ainda sempre o mesmo...
o silêncio do absurdo nos acompanha sempre e sempre
e nem há mais algum fôlego para ser perdido...
eu faço versos e ainda lembro de várias coisas
e eternizo pequenos grãos de areia que flutuam por aí...
eu choro um choro mais que estranho de se ver
que chega e parte sem dizer coisa alguma...
descanse em paz ou procure alguns novos dias...
mesmo alguns séculos não esmaecerão aquelas cores
e eu ainda me lembrarei de você...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida)
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