Mesmo saindo de cena
E os simples pedaços de papel agora rasgados
Eu te eternizo em meu coração...
Era tão lindo!
E como fiquei contente quando o ganhei
Talvez mais que um beijo ganho...
Ainda posso sentir o linho...
As calças curtas que davam um certo charme
E o paletó com seus botões enfileirados...
Lembra-se do bolso?
Lá estavam os ramos verdes
A coroa amarela e o pássaro branco...
Meu lencinho impecável
Que minha mãe sempre dobrava
E eu fazia questão de levar sempre...
Se não me engano
Eu ainda usava aquelas botinhas
Mas já podia usar o cabelo grande...
Não lembro do dia que ganhei de minha avó
Mas isso não é muito pecado
Pelos muitos anos que se passaram...
Você foi embora há muito tempo...
Mas ficará guardado no livro da eternidade
Como o terninho azul que alegrou um menino triste...
(Extraído do livro "Muitos Dias Já Passaram" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Que lindo, na mente infantil tudo podia nos levar ao êxtase, nem que fosse momentâneo, acho que é por isso que lembramos de alguns "detalhes" tão longincuos.
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