Talvez assim, talvez assado, talvez de frente, talvez de lado. Sozinho à noite, feliz no dia. Tudo é enigma. Quem saberia? Estou aqui, não estou mais. São calmas brisas ou vendavais. Faço discursos em plena praça, minha timidez assim disfarça. Cheguei tão tarde! Mas nem saí. Foi minha partida, mas estou aqui. Levantei a voz, calei a boca. Ai, ai, de nós. A febre é louca. Ri da minha tristeza, fiz uma comédia. Mas com certeza tudo é tragédia. Somos modernos na Idade Média. Está muito frio, peço calor. Só enche o vazio o nosso amor. Talvez assim, talvez assado, tudo tem o fim, mesmo o acertado. Dance pra mim, estou apaixonado. Lavei as roupas, pus no varal. Tenho saudades do meu quintal. Não quero nada, quero o carnaval. Quanto mais vejo, menos entendo. É a minha alma que está doendo. Talvez eu morra, talvez eu passe mal. Que coisa estranha, é tudo tão igual. Não tenho medo, só do bacurau. Talvez nas nuvens, talvez no chão. Não senti nada, apenas emoção. Quero voar, me dê um balão. É tanta coisa! Perdi a noção. Numa caverna escondi meu segredo. Talvez é tarde, talvez é cedo. Nem todo engano é ledo. É ledo, é lida, que saia comprida. Desesperados no meio desta vida. Eu tenho o prato, só falta a comida. Sem desespero. Cadê a margarida? Sou um cara simples, sou rude então. Gosto dos pés, mas prefiro as mãos. Torço pro meu time, não sei a escalação. Paixão é crime? Traga a condenação. Talvez a esquerda, talvez a direita. Todo corcunda sabe como se deita. É tudo uma tática, ganha quem acerta mais. Mas nem sempre no fim encontramos a paz. Farto estou, mesmo não tendo nada. Quem marca um gol, acertou na jogada. Talvez contente, talvez com alguma zanga. Nunca sabemos a carta que vem na manga. Não abra a gaveta, deixe como está. Tem certas coisas que é melhor nem se falar. Ande gingando pra lá e pra cá. Feito o mar quando quer se notar. Talvez assim, talvez assado, talvez de frente, talvez de lado...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sexta-feira, 3 de agosto de 2018
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Poesia Gráfica LXLI
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